O mestrado profissional em vigilância e controle de vetores - Segunda turma!!!

Hoje é uma data importante no calendário letivo do Instituto Oswaldo Cruz. Demos início às atividades da segunda turma do Mestrado Profissional em Vigilância e Controle de Vetores. Esse é provavelmente um dos programas de pós-graduação mais novos da Fundação, e como toda novidade tem trazido coisas boas e algumas controvérsias...

Como hoje é um dia para ser comemorado, vou focar apenas em alguns aspectos positivos da iniciativa. O programa foi proposto há alguns anos em resposta a emergência nacional decretada pela entrada do vírus Zika no Brasil. O Instituto recebeu uma demanda do Ministério da Saúde pedindo que fosse feito um investimento na formação de pessoal para o controle de Vetores, visando o enfrentamento desse tipo de problema. Mais ou menos ao mesmo tempo, fomos chamados, no âmbito do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Entomologia Molecular, a participar de uma reunião na Organização Mundial da Saúde. Nessa reunião se discutiu a deficiência mundial de cursos de Entomologia Médica, e foi colocada a necessidade de criação e manutenção de cursos internacionais nesse tema.

O programa foi proposto em 2015, aprovado pela CAPES em 2016, e demos início à primeira turma em 2017. A primeira turma tem cerca de 20 alunos, de diferentes estados do país. Todos desenvolvendo projetos de pesquisa diretamente relacionados às endemias locais que enfrentam no seus municípios. Os alunos do curso são predominantemente agentes do serviço de saúde, em nível federal, estadual e municipal. Também temos alunos da iniciativa privada. Por se tratar de uma pós-graduação profissional, não oferecemos bolsa, os alunos fazem a suas disciplinas quando estão de licença. Por causa disso, a estrutura do curso é fixa e baseada em disciplinas condensadas que duram uma semana cada. Esse foi o formato recomendado pelos gestores do serviço de saúde.

A primeira turma já terminou o primeiro ciclo de disciplinas, hoje estamos dando início as aulas da segunda turma. A grande parte dos projetos de dissertação está bastante avançada, com alguns alunos participando de iniciativas importantes para o controle da dengue, Zika, Chicungunya, Febre Amarela, Leishmaniose, Doença de Chagas, Oncocercose, entre outros agravos importantes que cobram um preço altíssimo para o bem estar e desenvolvimento econômico do país.

É com muito orgulho, felicidade e gratidão que recebo a segunda turma de alunos. Está gratidão se estende ao Instituto que nos permitiu tocar essa iniciativa, aos docentes e funcionários que vem fazendo um trabalho belíssimo, e especialmente aos alunos e gestores que ao participar do curso contribuem com a sua experiência e saber inestimável, oriundo da prática no campo de controle de vetores. Espero que nosso programa se reflita no mundo da Emtomologia Médica da melhor forma possível, com formação de massa crítica, novos cursos, novas iniciativas. O Brasil precisa desesperadamente de mais especialistas nesse campo tão estratégico e sensível. Uma salva de palmas aos novos alunos e orientadores, e vamos em frente!