A Bioquímica do Oprimido. Parte 9 - Segundo tempo

Na semana seguinte em retomamos nossas atividades, o tema da aula era o capítulo sobre estrutura de proteínas. Antes de discutir qualquer tópico específico, conversamos com os alunos sobre a dinâmica da aula e as atividades que seriam realizadas em sala. A professora Moraes eu apresentamos as sugestões que havíamos discutido e perguntamos aos alunos quais dessas alternativas eles consideram mais interessantes. Relembrando, a professora Moraes e eu pensamos em sorteio de verbetes aleatórios, apresentações curtas dos alunos, pequenas explicações dos professores e mapas mentais. 

Os alunos não gostaram da ideia de fazer apresentações formais. Mas a proposta de mapas mentais e de sorteio de verbetes aleatórios teve boa aceitação. Além disso, consideraram que pequenas explicações sobre pontos muito críticos seriam muito importantes. Dessa maneira demos início às atividades questionando os alunos se havia algum ponto do capítulo que tinha ficado especialmente obscuro. Duas partes do capítulo foram levantadas pelos alunos, o diagrama de Ramachandran e a visualização de estruturas secundárias e terciárias. Assim sendo, a professora Moraes e eu nos comprometemos a fazer breves demonstrações a respeito desses dois tópicos na aula seguinte. 

Após essa pequena conversa, passamos a trabalhar no mapa mental do capítulo. Nesse dia, eu levei para a sala  canetinhas coloridas (que peguei das minhas filhas) e um bloco com folhas de papel muito grandes, do tamanho da mesa da sala. Expliquei para os alunos que eles poderiam rascunhar o mapa mental no quadro branco e depois passar-lo a limpo para o papel. Deixamos eles trabalhando nisso durante cerca de uma hora. Durante esse tempo, a professora Moraes e eu exploramos o capítulo em busca de termos interessantes, conferindo na Wikipédia se eles se encontravam muito explorados ou não. Chegamos a um conjunto de cerca de 16 tópicos que foram escritos em pequenos papéis, os quais foram dobrados e colocados no meu chapéu.

Quando os alunos terminaram a sua atividade, pedimos a um deles  que apresentasse o mapa mental. Dessa forma, o aluno fez uma pequena apresentação de cerca de dois minutos abordando todos os conceitos. Eu fiquei particularmente feliz com o resultado, tirei fotos do mapa mental e gravei apresentação. Seguem os resultados: 








Feita a apresentação, passamos ao sorteio, onde cada aluno pegou um dos papeizinhos. Como agora o propósito era de que os alunos fizessem os trabalhos em casa, escolhemos temas pontuais e independentes entre si, pois os alunos não teriam como trabalhar em conjunto em verbetes ou partes de um verbete que fossem integradas umas às outras. Como os alunos entregariam os verbetes apenas na aula seguinte, coloco aqui apenas o resultado do sorteio. Os temas sorteados foram os seguintes:

Barril beta
Síndrome de Ehlers – Danlo
Chave grega
Barril TIM
Queratina Alfa
Epidermólise bolhosa
Latirismo
Folhas beta anti-paralelas


Fazendo um pequeno balanço, a diferença de comportamento, motivação e interesse dos alunos foi enorme. Acredito que esta nova dinâmica possa render frutos interessantes ao longo das aulas que nos restam. Espero trazer mais novidades na semana que vem...


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