Jogar o jogo

Quando era pequeno e comecei a gostar de futebol, queria que meu time sempre ganhasse. Com o tempo, fui percebendo que o mais importante era assistir um bom jogo de futebol, e que a vitória não era tão importante assim. Uma vitória do meu time injustamente conquistada era frustrante, e uma derrota ou um empate bem jogados davam aquela sensação agridoce, reconfortante, de que o time não está mal, e que só perdemos por infortúnio, por que é do jogo...

Com a ciência aconteceu algo parecido. No começo, eu queria que todos os experimentos dessem certo. Ou seja, que dessem o que eu esperava. E ficava inconformado com ¨maus resultados¨. Com o tempo, fui percebendo que o mais importante era que as coisas fizessem sentido, e que a mera confirmação de minhas previsões (ou desejos) não era tão importante assim. Uma repetição do óbvio não fazia meu coração palpitar, e muitas vezes um resultado inesperado trazia novas interpretações e perspectivas mais interessantes do que a teoria inicial!

O diabo é que às vezes as coisas não fazem sentido mesmo, assim como às vezes o time está uma desgraça. Fazer o quê? Continuar o jogo, não perder a esportiva, manter a esperança de que, no fim das contas, o campeonato vale a pena...


Comentários

Postagens mais visitadas