Soneto da Despedida

para Henrique Aniz

O tempo parece infinito
e sempre se mostra tão curto.
Co'a dor do amigo já morto
Saudade no peito constrito.

Os seres banais passadouros
terminam num ciclo indistinto.
Iremos juntar-nos, pressinto
um dia em outros vindouros.

Por mais que o cosmo conspire
nós sempre um tanto esquecemos.
Em quem conosco convive

Somos o tempo que temos.
Meu caro, com sua partida
perdemos um pouco da vida.

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